Reduzir o fosso digital para fomentar desenvolvimento rural

São muitos os desafios da digitalização em Portugal nas áreas rurais. Mas qual será o papel da internet por satélite na redução desta brecha digital?

O país está ainda abaixo da média continental e um em cada quatro habitantes não tem quaisquer conhecimentos informáticos

A digitalização está a avançar a passos largos em quase toda a Europa. Dizemos quase, porque Portugal não só continua a registar um atraso em relação à média do continente, como também o seu fosso aumentou, de acordo com os dados do último relatório DESI (Digital Economy and Society Index) da Comissão Europeia. 

Um em cada quatro portugueses não tem competências informáticas e está também no fundo da tabela no número de subscrições de dados móveis por 100 pessoas e no índice de preços da banda larga.

A nível rural, estes números são infelizmente agravados. Esta situação afeta a população destas zonas de duas formas: por um lado, nas dificuldades de acesso à Internet para as suas próprias tarefas e, por outro, na promoção do turismo longe das grandes cidades, que as autoridades portuguesas estão a tentar incentivar.

A brecha digital em Portugal

A nível nacional, Portugal viu um aumento significativo nos lares com banda larga, passando de 7,9 % para 85,8 % nas últimas duas décadas, de acordo com a Pordata. No entanto, um em cada quatro portugueses ainda não possui nenhuma competência informática.

Além disso, Portugal encontra-se no final da tabela em número de subscrições a dados móveis e no índice de preços da banda larga a nível continental. Esta situação agrava-se nas zonas rurais, onde a falta de acesso à Internet afeta tanto as atividades diárias quanto o impulso do turismo rural que as autoridades lusas procuram promover.

A solução para as zonas rurais

As facilidades da Internet Satélite, como as disponibilizadas pela Eurona, promovem um modelo que está em expansão. Este tipo de conexão não requer infraestrutura terrestre, o que o torna ideal para áreas remotas. As constelações de satélites em órbitas baixas (LEO) e geoestacionárias (GEO) permitem oferecer serviços de alta velocidade e baixa latência, proporcionando conectividade mesmo nos lugares mais isolados. A Eurona posicionou-se como líder neste campo, oferecendo soluções económicas, fiáveis e imediatas sem custos de instalação nem compromissos de permanência, facilitando velocidades de até 100 Mbps.

Impacto da conectividade satelital

A pandemia de Covid-19 sublinhou a importância de uma conexão robusta à Internet, especialmente em zonas rurais. O teletrabalho e a educação online tornaram-se essenciais, e os portugueses exigem cada vez melhores conexões nos seus lares. O Ministério da Educação de Portugal elaborou um plano de digitalização das escolas, apoiado por fundos europeus, com o objetivo de que os alunos sejam o motor de desenvolvimento das futuras gerações.

Além disso, existem parcerias internacionais, como a de Espanha, cujos campos vivem uma realidade muito semelhante. Os nossos vizinhos têm projetos interessantes que apostam na tecnologia da Internet via satélite como um instrumento importante para reduzir o fosso digital. Assim, a Espanha vazia foi capaz de resolver, passo a passo, essas questões pendentes na educação, nas telecomunicações, na saúde e na banca.

A Internet Satélite não só melhora a qualidade de vida ao permitir o acesso a serviços básicos como a telemedicina e a educação, mas também abre novas oportunidades económicas. Os agricultores podem aceder a informações em tempo real sobre o clima e mercados, e o turismo rural pode florescer com melhores serviços de conectividade.


Vanessa Cota Fernandez
Vanessa Cota Fernández
Directora de Negocio Eurona Personas (B2C)